hover animation preload hover animation preload hover animation preload hover animation preload

Páginas

Mostrando postagens com marcador design. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador design. Mostrar todas as postagens

Falta brasilidade no nosso design


© Roberto Weigand

Qual é a cara do design gráfico brasileiro? - Por Cecilia Consolo
Artigo publicado em 2001, na Revista Design Gráfico - nº42 (coluna Opinião) Editora Market Press.

Esta é uma pergunta que sempre faço aos colegas de profissão e aos alunos. O Brasil é muito eficiente em música, o produto nacional é reconhecido e prestigiado no exterior pela sua qualidade e originalidade. O mesmo, por exemplo, acontece com a publicidade, onde nossos profissionais são constantemente premiados nos concursos mundiais. A nossa publicidade tem personalidade e vende muito bem o nosso humor irreverente, a maneira de revelar e lidar com a sensualidade e a sagacidade típica do brasileiro, acostumados a fazer piadas até da própria desgraça.

E o nosso design gráfico? Em quais fontes se alimenta? Quais são os traços marcantes do design nacional?

Não se trata de bairrismos, mas no mundo globalizado, uma grande moeda de troca é a valorização, o conhecimento e a exploração do mercado e do produto local. Então porque passar a vida olhando para o hemisfério norte como a única fonte de inspiração?

Existe um ranso cultural de querer caracterizar o Brasil pela ótica estrangeira. Poucos designers se debruçam sobre a nossa história, as nossas origens e costumes. Usar elementos inspirados na nossa cultura não significa usar esteriótipos ou clichês como “Carmens Miranda”, “Pelés” e “bananas”, muitas bananas... Quem nunca viu um cartaz de alguma mostra brasileira que fosse representado por uma banana? Se inspirar no Brasil significa conhecer a nossa terra e olhá-la com os mesmos olhos, destemidos e inquietos, que se tem quando entramos em contato com uma cultura desconhecida.

O nosso design não tem cara, daí talvez o medo da concorrência estrangeira. Parece uma grande homogenização de soluções. Vamos tomar os logotipos como exemplo, parece que a única figura geométrica permitida na prática é a elipse. Folheia-se anuários e catálogos, e descobre-se que a “onda” é usar curvas psicodélicas e cantos arredondados... e a maioria adota a solução sem qualquer reflexão sobre a implicação do uso destes maneirismos.

Tendências sempre existiram. Podemos citar o Art Noveau, cuja linguagem era comum em toda Europa do início do século mas cada cultura soube se identificar dentro do estilo, como oArt Noveau francês e belga, o Jungendstil alemão, o Estilo de Glasgow, a Secessão de Viena e o Noveau norte americano.

Os designers de Moda estão acordando, e os profissionais brasileiros têm conquistado seu espaço no cenário internacional, como Ocimar Versolato por exemplo. O problema é cultural, considera-se de “mau gosto” certos momentos da nossa história e continua-se representando o Brasil da maneira mais óbvia e imediatista, não faltam caravelas verdeamarelas para comemorar os 500 anos e, serpentina e confete como ícones de festas populares.

Esta questão está sempre me perseguindo, pois me deparo constantemente nas salas de aula com a aspiração dos alunos em repetir fórmulas de designers estrangeiros já consagrados ou na dificuldade de entender que é necessário perseguir uma identidade própria e original. Na minha opinião está é a única saída para enfrentar um mercado cada vez mais competitivo.

A nossa literatura, nossa história, nossa música, nossa arte, cordel, cangaço, maracatú, caiapós, Tom Jobim, krenakroros, Copacabana, timbalada, miscigenação, Pagú, avenida Paulista, Mangue-Beat, Niemeyer, Garrincha, Pelourinho, Guaraná, mico-leãodourado, jatobá, Lamarca, pau-brasil... são inúmeras as referências que apontam para uma identidade brasileira. Cabe a cada um saber usá-las.

Cecilia Consolo
Designer e Mestre em Comunicação e Artes pela ECA/USP, sócia diretora da Consolo & Cardinali Design desde 1986. Tem 28 anos de experiência em desenvolvimento de projetos de comunicação, consultoria de imagem, design de marcas, alinhamento de Identidade Corporativa além de experiência em projetos e sistemas de embalagens, sinalização e design editorial. É especialista em gestão de marcas para grandes empresas e tem desenvolvido importantes projetos editoriais, de documentação histórica e periódicos. É professora na graduação da FAAP e da FACAMP.

Arte em Lego: filmes e fotografias

O Lego é um brinquedo cujo conceito original se baseia em um sistema de peças de plástico que se encaixam, permitindo inúmeras combinações. É fabricado desde meados da década de 1950, popularizando-se em todo o mundo desde então.

Eu já brinquei muito com Lego, até hoje tenho algumas peças guardadas! Mas alguns artistas levaram isso mais a sério, e recriaram situações muito bacanas!

O fotógrafo inglês Mike Stimpson gosta de recriar fotos históricas e até pinturas, usando bonecos e peças de Lego:

Afghan Girl


Dali Atomicus


Lunch Atop a Skyscraper


Raising the Flag on Iwo Jima


The Son of Man


Tiananmen Square


V.J. Day Times Square
 


Já o estudante norte-americano Alex Eylar, recriou cenas de vários filmes:


A Origem


Beleza Americana


Cisne Negro


Laranja Mecânica


O Iluminado


Psicose
 

E você, já "brincou" com Lego também?

Áudio Binaural: Imersão ao ambiente!

Estou tendo na faculdade esse semestre, aulas sobre Design Sonoro. Semana passada aprendemos um pouco sobre Áudio Binaural - O som 3D.

Binaural significa literalmente “possuindo ou sendo relacionado às duas orelhas”. Essa técnica de gravação consiste em dois microfones acoplados à cabeça de um manequim, na posição das orelhas. Feito isso, ele reproduz a situação fielmente, como se você estivesse no mesmo ambiente.

Isso ocorre porque a sensibilidade dos nossos ouvidos é bem detalhada, e o cérebro faz todo o trabalho, nos fazendo identificar a quantidade e localização das fontes sonoras, variando de acordo com a intensidade de cada som. A banda Pink Floyd gravou o disco “The Final Cut” (1982) inteiro utilizando essa técnica!



Para entender na prática como isso funciona, separei alguns áudios. Lembrando que se deve utilizar fones de ouvido e recomendo também fechar os olhos para maior imersão!

Esse é o mais “famoso”... Simula um corte de cabelo em uma barbearia! (Áudio em inglês).

   Virtual Haircut by DonkeyRhubarb

Som de uma caixinha de fósforos.

  HolophonicMatchbox by coyccoyc_music_joint

Uma mulher sussurrando em seu ouvido.

  WomansVoice by Eric Fiori

Áudio feito pela banda Mindflow... Trata-se de um psicopata “conversando” com o ouvinte... Me lembrou o filme “O Albergue”.

  MindFlow - The Screwdriver Effect by Eric Fiori

Aniversário de 1 ano!

Quem diria! Aniversário de 1 ano do blog!! \ô/

O tempo anda meio escasso para as postagens, mas com o aniversário acabam surgindo alguns planos para mudanças...vamos acompanhar! haha!

Nesse período, tivemos somente 27 posts, totalizando mais de 3.700 visualizações de páginas!
Os posts mais acessados foram: Marca das Olimpíadas Rio 2016, Sobre o designer David Carson e Não-piadas com designers.

Aqui no Brasil, tivemos visitas de 86 cidades! As que mais acessaram foram:
1. São Paulo
2. Osasco
3. Rio de Janeiro
4. Curitiba
5. Blumenau

E no mundo, 26 países! Os principais foram:
1. Brasil
2. Estados Unidos
3. Portugal
4. Argentina
5. Reino Unido 
E outros como: Canadá, Austrália, Alemanha, México, Israel, Rússia, Hong Kong, Taiwan, Irlanda, Espanha, Índia, etc.

Muito obrigado pelas visitas e comentários!
Que venha o próximo ano!
:D

Marca das Olimpíadas Rio 2016

Escolhida por unanimidade por uma comissão de 12 membros, a marca escolhida para representar os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro foi criada pela agência Tátil, que venceu outras sete finalistas. O processo de seleção reuniu 138 escritórios brasileiros de design e branding. O briefing para a marca dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016 era extenso: energia contagiante, diversidade harmônica, natureza exuberante e espírito olímpico.

Segundo o Comitê Olímpico Brasileiro, a marca escolhida tem estética "inovadora e criativa" e classificou o desenho como leve, que dá espaço à imaginação, com a visualização do sol, da praia e da montanha, que compõem o cenário carioca, além de representar pessoas de mãos dadas num formato que lembra o Pão de Açúcar e traduz com inspiração o espírito olímpico e seus atletas, sentimentos e aspirações, tornando uma marca essencialmente humana.



Elianne Jobim e Rodolfo Capeto, ambos designers e professores ESDI da Uerj, afirmam que o trabalho realizado traz aspectos que o situam numa linhagem do design atual: o encantamento das curvas, a ilusão de tridimensionalidade e gradações abstratas de cor. Uma marca tem o poder de concentrar simbolicamente o evento, além de todo o conjunto de elementos que demonstrará a consistência da opção pelo design: dos equipamentos aos pictogramas, da sinalização aos mapas.



Rio 2016 from Tátil Design de Ideias on Vimeo.






O processo de criação 

 A agência Tátil reuniu uma equipe multidisciplinar no Rio e em São Paulo com mais de 40 pessoas participando do processo, entre estrategistas, designers e redatores. Após investigarem o universo da marca e suas edições anteriores, outras competições e eventos internacionais, fizeram brainstormings para descobrir sua essência, seu propósito e como criar expressões e experiências relevantes.





Segue a defesa da marca, pela própria agência Tátil:

A atmosfera da nossa paisagem se reflete na marca e na sua paleta de cores. O amarelo é feito do sol e da nossa essência calorosa, viva, alegre. O azul tem a fluidez da água que nos cerca e do nosso jeito descontraído de levar a vida. O verde traz nossas florestas e a nossa esperança, a visão sempre positiva e otimista que nos permite ir mais longe.

Juntos, diferentes países, atletas e povos se abraçam num movimento individual e coletivo que, num segundo olhar, revela um dos nossos cartões postais. Um Pão de Açúcar vibrante, que balança num gingado feito de alegria, união, celebração e amizade.

Essa forma sai do papel e ganha uma perspectiva tridimensional, com volumes, recortes. Relevos que desenham na nossa imaginação a topografia da cidade. Uma marca–escultura, infinita, que ganha texturas, vira forma, objeto. Uma marca lúdica, feita para ser experimentada.

O logotipo expressivo, gestual, com as letras interligadas de forma fluida, reforça o desejo de união e a essência humana e acolhedora da marca, traduzindo a simpatia carioca. O desenho tipográfico exclusivo combina excelência e leveza, inspiração e atenção aos detalhes de modo único e proprietário.

Inspirada pela natureza do Rio, dos atletas e das pessoas, a marca Rio 2016 dos Jogos Olímpicos convoca à união, acende a vontade e o desejo de fazer juntos, de compartilhar saberes e talentos, de somar nossas forças e nossas aspirações para viver, realizar e transformar o presente e o futuro a partir de uma visão sustentável.

É uma marca que transborda união, transformação, paixão e energia. É uma grande rede coletiva em movimento, um convite e uma inspiração para o Rio e para o mundo.


Série The Walking Dead


The Walking Dead é uma série de televisão adaptada de uma história em quadrinhos publicada pela Image Comics. Com autoria de Frank Darabont, a história mostra a luta por sobrevivência dos humanos num mundo dominado por zumbis.

O enredo pode não parecer muito inovador, com ideias similares à famosos filmes como "I Am Legend" ou "Resident Evil", mas ao longo dos episódios percebe-se que o foco principal são os conflitos pessoais dos personagens e as transformações de atitude e personalidade de cada um. E lógico, como não poderiam faltar, os zumbis! Sim, e muitos deles, espalhados por todos os lugares e sedentos por carne humana!

Elenco principal da série The Walking Dead

Em relação aos efeitos visuais, um dos principais elementos utilizados é a seleção de cores, a maioria em tons de sépia, deixando um clima sombrio ao estilo de filmes de suspense. A trilha sonora é assinada por Bear McCreary, compositor de trilhas de filmes, séries e games como Battlestar Galactica, Terminator: The Sarah Connor Chronicles, e outros.




A série estreou no final de Outubro, mas eu só comecei a assistir ontem, e por enquanto estou gostando! A primeira temporada conta com 6 episódios de aproximadamente 50 minutos.

E já que aparentemente os zumbis são os novos vampiros, vou fazer alguns posts com esse tema, que já foi e ainda é bem explorado na área do design e artes em geral!

Vocês assistiram a série? O que acharam?

Poster oficial (Clique para ampliar)

Não-piadas com designers

  Em comemoração ao Dia Nacional do Design, vou postar um texto muito bacana publicado pelo Rogério Fratin no blog Designice  

Ilustração de Nelson Balaban
  Não-piadas com designers

  O tempo passa e cada vez mais surgem piadas “do mundo dos designers”. Inclusive até como se nós fizéssemos parte desse outro “mundo”. E o mais curioso, são os próprios designers que fazem essas piadas e repassam, via todas as redes sociais, email, papo de boteco, tudo. E sempre rodam em torno dos mesmos assuntos: baixos salários, comportamento geek (como se ser designer fosse algo geek), trabalhar pelas madrugadas a troco de nada, parentes que não sabem o que ele faz e um certo autismo, já que os próprios designers se vêem como pessoas de um mundo próprio. Aí entra outra questão importantíssima: E os profissionais de marketing, jornalismo, fotografia e todos os outros que também lêem todas essas “piadas”, como ficam? Será que todos entendem a ironia? Duvido. E cada vez que aparece um “ganhar pouco mas se divertir” aumentam mais as chances deles pensarem que com qualquer trocado o designer trabalha. Aí oferecem uma merreca anti-ética por um trabalho e o designer, como tá acostumado a aceitar e se orgulhar disso, topa fazer. E fala de novo. E outros ouvem ou lêem. E tudo se repete pra sempre.

  Tem um mês que vi um panfleto que entrou na lista de impressos mais infelizes que já vi, e era de uma das maiores construtoras do Brasil, oferecendo apartamentos a partir de R$ 600.000. É, R$ 600.000 por um ap e não querem gastar R$ 2.000 ou R$ 3.000 pra um freela decente fazer. E aí depois vem gente defendendo a regulamentação da profissão, o ensino do design, cursos e afins, como se isso resolvesse. Até podemos ter problemas macro, mas antes precisamos resolver os problemas micro, de cada profissional.

  Defender e propagar esse tipo de coisa é até contra um procedimento de pesquisa de design, que deveríamos saber de cor. Quando começamos um projeto, não temos que pegar referências, ver quais são os melhores benchmarks? Então… Quem reclama dessas coisas, tem quais “designers como benchmarks”? Sério… Dos que eu tenho, nenhum é desse jeito. Paula Scher, Ellen Lupton, Roger Black, Ian White, John Maeda, Sagmeister, Claudio Rocha, Alexandre Wollner, Claudio Ferlauto, Marcos Mello, Alceu Nunes, Gustavo Piqueira, Hugo Kovadloff. Pergunto de novo: algum deles é esse estereótipo “lunático-geek-autista”? Também respondo: Não.

  E se invés dessas bobagens todas, nós designers que pretendemos dar valor à profissão, mostrássemos quão importante podemos ser num projeto? Que tal mostrar como temos visão apurada e holística, interdisciplinar e requerida nos redesenhos disso ou daquilo? Talvez inclusive podemos provar. É só ler jornais ou revistas. O que não faltam são pesquisas que demonstram o design como profissão da próxima década e os motivos disso. E o design estratégico (design thinking), ninguém vai falar nada a respeito?

  Então aí vou eu, listar não-piadas de designers. Espero que não sejam engraçadas. Ser designer é:

1. Valorizar tanto o novo como o antigo e saber pegar o que tem de mais legal em cada na hora certa e pra cada aplicação
2. Dar soluções para problemas ambientais com projetos de sustentabilidade
3. Melhorar a ergonomia e quebrar paradigmas que podem ajudar as pessoas a terem menos contusões no trabalho
4. Transformar um supertexto em um “supertexto que dê supervontade de ler”
5. Dar valor aos produtos, sejam eles quais forem, com bom gosto e visual impecável
6. Poder fazer projetos pessoais e sociais que envolvem comunicação e educação
7. Estar um passo a frente por trabalhar com diversas áreas interligadas
8. Ter o cinema, teatro, exposições de arte, literatura e muitas outras “formas de diversão” como referência para trabalhar melhor
9. Usar o design estratégico para guiar um projeto, unindo intuição e algoritmos, alcançando resultados diferentes dos convencionais
10. Tornar tudo mais bonito, usável e agradável, dentro das especificações necessárias para cada um desses projetos
11. Fazer com que um livro seja mais agradável de segurar, carregar e principalmente de ler
12. Criar a identidade pra uma revista que atraia a atenção e desperte vontade nas pessoas em ler e, decerto, ganhar mais conhecimento

Feliz Dia do Design! :D

Fotografias "People and Places"

O fotógrafo inglês, Jasper James, tem um trabalho expressivo em fotografia comercial com empresas de grande porte, como Ferrari, British Airways e Volvo.

Em um projeto paralelo intitulado “People and Places”, ele utiliza ângulos e iluminações com objetivo de recriar sombras e/ou reflexos em vidro.

Apesar de utilizar uma perspectiva simples e direta, James faz com que apenas silhuetas de pessoas observando a cidade, criem um efeito incrível, podendo ter várias interpretações, como a relação das pessoas e a rotina dos grandes centros urbanos.






Em seu portfólio encontramos outras fotos de projetos muito criativos, e que dão certa personalidade própria ao seu trabalho. Vale a pena conferir: jasperjames.co.uk